domingo, 24 de julho de 2016

Novos Causus: recomeço e o cafezinho do Viena

Olá amigos! Depois de passados 04 anos, volto a escrever os Causus da Espanha.Desta vez, já passado o susto da primeira experiência que foi a realização do mestrado, agora sigo com o doutorado. Mas com certeza, o dia-a-dia sempre nos proporciona novos causus. Muitos causus ficaram no rascunho, ainda da época do mestrado, e outros que espero, com a ajuda da minha memória possa apresentar aqui com uma proposta de reminiscências. Pra recomeçar, eu mudei o modelo e o desenho da página (em bom português): que trabalheira. Informática é ótimo, mas precisa de muita calma. Lembro da época da faculdade quando escrevia quase todo o trabalho (de uma determinada disciplina em que o professor exigia que fôra escrito em computador)e "pumba!", o computador "dava pau" e lá se ía todo o trabalho escrito. Ainda bem que naquela época, o computador era mais uma máquina de escrever "muderna" do que o que conhecemos como computador hoje.risos Escrevíamos tudo à mão e depois íamos na sala de computador passar a limpo. Para não ficar só na introdução dos novos causus, vai aí um causu d'agora: Com a intenção de morar perto da universidade, nos organizamos eu e a Daniela,para ficar numa cidade bem perto da UAB. A cidade escolhida foi Sabadell: já a conhecia porque na época do mestrado eu estudei durante um semestre um curso de francês. A cidade é ótima e ficamos hospedados num hotel enquanto procurávamos uma moradia para alugar. Olhando anuncios e verificando de perto os apartamentos, acabamos percebendo que o valor dos aluguéis não estavam tão baratos assim. E como Sant Cugat, que eu já tinha morado antes, estava do outro lado da UAB, fomos dar uma olhada novamente. É, não tem jeito. Sant Cugat foi a cidade em que eu morei na época do mestrado e realmente gostei dela. Ir à Sant Cugat visitá-la novamente tirou qualquer dúvida: tinha que morar alí. E foi assim: 15 dias tentando provar que seria melhor morar em Sant Cugat, que na verdade nem precisava provar nada: já estava provado desde 2010 quando vim da primeira vez. Que cidadezinha linda, acolhedora, tranquila, segura, inspiradora... E então, começamos a procura de um "piso" para morar em Sant Cugat del Vallès, e graças a Deus, tudo deu certo. Eu não me esqueci do dia-a-dia desta cidade, que parece pacata, mas que é agitada a seu modo bem peculiar.As pessoas passeiam todos os dias pelas suas ruas ao entardecer e todos vão tomar café;poxa, tá pra mim, que adoro um café. Quando se chega em Sant Cugat e desce da estação do ferrocarrils( o trem que leva até à cidade, saindo de Barcelona e subindo a montanha) a primeira coisa que se vê é uma casa antiga, restaurada, imponente e que é atualmente um café: o Café Viena. E naquela época, como a de hoje, na condição de estudante, dinheirinho curto, contado pela bolsa, passava pelo café Viena da cidadezinha e nem pensava em entrar. Desta vez, tomei coragem e fomos até lá. A casa onde está o café é uma casa histórica, de três andares com arquitetura do sec. XIX: é uma preciosidade. Entramos e fomos bem recebidos como sempre aqui. E já pudemos ver que os preços não eram caros, pelo contrário, super razoáveis, baratos. E vocês nem acreditam, a música de fundo do café é música erudita: tocava um concerto de Mozart quando entramos. Pensei, opa!, será que é isso mesmo que estou ouvindo? E assim continuou, com várias obras do repertório de concerto. E o café, fantástico, de uma cremosidade e sabor que nem te conto. Na compra do café você ganha um "croissant" de manteiga: que sabor! Uma massa folhada leve, com um toque de manteiga e algo próximo ao sabor do limão. Desfrutamos de um café ao som dos clássicos perto da janela e próximo da lareira antiga... Poxa, poderia ter ido lá tomar este café e "disfrutar" disso tudo a 06 anos atrás. risos Mas fica o causu do café Viena que está aberto a todos, com serviço e produtos de qualidade ao alcance de todos. De vez em quando, quando os estudos deixam, vamos tomar um café no Viena Café acompanhados de boa música e com um croissant de presente, que fica ainda melhor. Só tem uma coisa, o croissant de presente é só durante um determinado tempo do dia, pela manhã e pela tarde, que é exatamente na hora do cafezinho. Sabe, lembrei da hospitalidade mineira, que tomar café nunca é tomar café puro, sempre vem acompanhado de algum "quitute".